por joaofonseca » Dom Out 30, 2011 20:19
Calcule a derivada da função exponencial

, utilizando a definição de derivada.
Eu comecei assim:
![\frac{d}{d_{x}}\hspace{5}a^x=\lim_{h \mapsto 0}\left [\frac{a^{x+h}-a^x}{h} \right ] \frac{d}{d_{x}}\hspace{5}a^x=\lim_{h \mapsto 0}\left [\frac{a^{x+h}-a^x}{h} \right ]](/latexrender/pictures/fc54113208df1cc1afad6281e1bc48cb.png)
Mas chega a um ponto em que fico com:
![\frac{d}{d_{x}}=a^x \cdot \lim_{h \mapsto 0} \left [ \frac{a^h-1}{h} \right ] \frac{d}{d_{x}}=a^x \cdot \lim_{h \mapsto 0} \left [ \frac{a^h-1}{h} \right ]](/latexrender/pictures/28205cf412cfd2a86977d2eaf35945dd.png)
Eu sei que esta parte é igual a

. Mas como eu posso demonstrar isso, utilizando principios básicos de Algebra e as propriedades dos exponenciais e logaritmos?
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joaofonseca
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por Aliocha Karamazov » Seg Out 31, 2011 13:16
Como a variável é
h,

é uma constante e, portanto, você pode "tirar" de limite.
A sua dúvida, então, é calcular

Dessa forma, é difícil mesmo calcular. Precisamos utilizar algum artifício.
Vamos fazer

. Perceba que, quando

(quando
h tende a zero,

tende a 1, pois qualquer número real elevado a zero é igual a 1).
Dessa forma,

Podemos escrever:

.
Agora, precisamos escrever
h em função da nova variável
u que nós colocamos. Note que:

.
Podemos aplicar a função logrtitmo natural em ambos os lados da equação:

Note que utilizei uma propriedade logaritmica conhecida como "regra do tombo". Se tiver alguma dúvida, revise isso.
Segue-se que:

Perceba que

"saiu" do limite também. Precisamos mostrar, agora, que

Vamos dividir tanto o numerador como o denominador por

, o que não muda o valor do nosso limite. Temos, então:

.
Novamente, utilizamos a "regra do tombo". Na verdadem, fizemos o inverso da "regra do tombo", pois colocamos o número que multiplica o expoente para o logaritmo.
Estamos no fim, só precisamos de mais um resultado. Vou "dar" o resultado, cuja demonstração é simples, para não deixar minha postagem ainda mais extensa. Assumindo que isso é verdade, terminamos nossa demonstração. Se você tiver compreendido tudo que eu fiz até agora, me avise que eu demonstro o que vou dizer a seguir (ou tente você mesmo). A informação é a seguinte:

Com isso, temos que:

, pois

Conluímos, então, que

Talvez eu tenha "explicado demais". Nos livros de cálculo, isso é bem mais direto. Mas eu fiz assumindo que você não conhecia nenhum resultado utilizado. Avise se teve dúvida em algum ponto, que eu explico.
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por LuizAquino » Seg Out 31, 2011 15:33
Aliocha Karamazov,
O procedimento é mais ou menos como você falou. E não se preocupe, pois ele é extenso assim mesmo.
Entretanto, é necessário fazer algumas observações.
Encare essas observações como dicas, para que em outra situação (como em uma avaliação) você não perca alguns pontos por isso.
Aliocha Karamazov escreveu:(...) qualquer número real elevado a zero é igual a 1 (...)
Isso é falso. O correto é dizer algo como: qualquer número real (exceto o zero) elevado a zero é igual a 1.
Aliocha Karamazov escreveu:Vamos fazer

(...)

Quando é feita a mudança de variável, a variável "antiga" não deve mais aparecer na expressão do "novo" limite. Sendo assim, o correto seria você já ter feito:

Percebe-se que a sua ideia era detalhar a explicação. Nesse caso, o adequado seria primeiro você ter exibido como isolar o
h e depois efetuar a substituição.
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por Aliocha Karamazov » Seg Out 31, 2011 17:54
LuizAquino escreveu:Quando é feita a mudança de variável, a variável "antiga" não deve mais aparecer na expressão do "novo" limite. Sendo assim, o correto seria você já ter feito:

Percebe-se que a sua ideia era detalhar a explicação. Nesse caso, o adequado seria primeiro você ter exibido como isolar o
h e depois efetuar a substituição.
Eu pensei nisso. Mas achei que ficaria mais complicado.
Obrigado pelas dicas.
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por joaofonseca » Ter Nov 01, 2011 08:14
Obrigado Aliocha Karamazov e LuizAquino pela ajuda.
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Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10
Veja este exercício:
Se A = {

} e B = {

}, então o número de elementos A

B é:
Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?
A resposta é 3?
Obrigado.
Assunto:
método de contagem
Autor:
Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42
Boa noite, sinuca.
Se A = {

} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é
A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Se B = {

} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é
B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...
Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são:
5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).
Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?
sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:
existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x
A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima
Bom estudo,

Assunto:
método de contagem
Autor:
sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35
Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.
Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:
Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?
Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?
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