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Diferentes Metodos de ensino

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Diferentes Metodos de ensino

Mensagempor joaofonseca » Qui Fev 23, 2012 22:41

Ao ler repedidamente alguns tópicos, colocados supostamente por alunos do ensino superior(Engenharias ou Economia) e acreditando na informação dos perfis,fico estranhamente admirado pelas questão tão básicas, ao nível do ensino médio.

Falo assim porque em Portugal (onde as coisas não são perfeitas) os alunos têm que fazer um exame especifico da disciplina exigida pelo curso superior e pelo estabelecimento de ensino.De referir que a esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino superior em Portugal são estatais. A entrada na universidade é feita por concurso, pois o nº de vagas em cada curso não chega para todos os candidatos.

Por isso estar entre os primeiros exige ter a melhor nota possivel no exame de ingresso. O reverso de não estar entre os primeiros é não entrar na universidade ou entrar num curso que não se desejava.No concurso pode-se escolher até 6 opções. Para dar dois exemplos, um aluno colocou como primeira opção Engenharia Aeroespacial, não entrou, mas foi colocado em Engenharia Biomédica.Ou o aluno que não entrou em Medicina, mas foi para Farmácia.

Como são as coisas no Brasil?
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Re: Diferentes Metodos de ensino

Mensagempor MarceloFantini » Sex Fev 24, 2012 12:58

Não acredite nas informações do perfil sempre. No Brasil os vestibulares não exigem conhecimentos específicos mas sim gerais, o que gera (na minha opinião) absurdos como gente entrando em matemática e não sabendo o básico como funções, trigonometria, etc.
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Re: Diferentes Metodos de ensino

Mensagempor LuizAquino » Sex Fev 24, 2012 19:33

joaofonseca escreveu:Ao ler repedidamente alguns tópicos, colocados supostamente por alunos do ensino superior (Engenharias ou Economia) e acreditando na informação dos perfis,fico estranhamente admirado pelas questão tão básicas, ao nível do ensino médio.


Considerando o seu histórico aqui no fórum, eu presumo que você esteja se referindo as questões de Cálculo Diferencial e Integral.

No ensino médio brasileiro, não faz parte dos conteúdos oficiais os conceitos básicos de Cálculo Diferencial e Integral. Apenas poucas escolas do país ensinam esses conceitos. Eles não são cobrados na maioria esmagadora das provas de vestibular. Lembrando que o vestibular no Brasil é uma espécie de concurso, no qual a aprovação determina o ingresso em uma instituição de ensino superior.

Dessa forma, as questões básicas de Cálculo Diferencial e Integral que são abordadas no ensino médio português, apenas começam a serem abordadas nos primeiros semestres dos cursos superiores no Brasil.

O curioso é que em duas épocas, em 1891 e 1961, os conteúdos básicos de Cálculo Diferencial e Integral faziam parte do currículo oficial de Matemática do ensino médio brasileiro. Mas após 1970, eles foram removidos.

joaofonseca escreveu:Falo assim porque em Portugal (onde as coisas não são perfeitas) os alunos têm que fazer um exame especifico da disciplina exigida pelo curso superior e pelo estabelecimento de ensino. De referir que a esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino superior em Portugal são estatais. A entrada na universidade é feita por concurso, pois o nº de vagas em cada curso não chega para todos os candidatos.


O mesmo acontece no Brasil. Como disse anteriormente, há um vestibular para selecionar quem entrará no ensino superior. Aqui também há muitas instituições públicas de ensino superior. Elas são as mais concorridas. Além disso, o número de vagas não é o suficiente.

joaofonseca escreveu:Por isso estar entre os primeiros exige ter a melhor nota possivel no exame de ingresso. O reverso de não estar entre os primeiros é não entrar na universidade ou entrar num curso que não se desejava. No concurso pode-se escolher até 6 opções. Para dar dois exemplos, um aluno colocou como primeira opção Engenharia Aeroespacial, não entrou, mas foi colocado em Engenharia Biomédica. Ou o aluno que não entrou em Medicina, mas foi para Farmácia.


Aqui também acontece tudo isso, exceto a parte das 6 opções.

A maioria das instituições de ensino superior do Brasil usam a nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte do seu processo de seleção. A responsabilidade pela organização do ENEM é do governo federal. Já a outra parte do processo seletivo, consiste de um outro conjunto de provas organizadas pela própria instituição (sendo que elas são livres para contratar uma empresa que elabore as provas com base nos requisitos que elas definem).

Existem também algumas instituições que usam apenas as notas do ENEM como processo de seleção.

Há ainda o SiSU (Sistema de Seleção Unificado), no qual você escolhe até 2 opções de curso. A sua nota do ENEM será utilizado pelo SiSU para determinar a sua aprovação. Assim como acontece em Portugal, nesse sistema um aluno pode escolher como primeira opção Medicina, mas só obter pontos para ser aprovado em Farmácia, por exemplo.
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Re: Diferentes Metodos de ensino

Mensagempor fraol » Sex Fev 24, 2012 21:27

Além do que já foi dito, gostaria de complementar salientando que, devido às dimensões continentais e à grande população e sua diversidade, o governo brasileiro optou, num primeiro momento por universalizar o ensino básico. Isso tem deixado a qualidade do ensino em segundo plano até agora.

Pelos mesmos motivos, embora não tenhamos um currículo bem definido, há uma parametrização curricular que, no intuito de abranger a grande maioria dos estudantes acaba, como disse LuizAquino referindo-se ao cálculo, por eliminar alguns itens do programa do ensino básico, além de apenas tocar superficialmente em outros.

Como exemplo dessa involução temos os livros didáticos. Seus conteúdos, abrangentes e aprofundados outrora, estão cada vez mais reduzidos e superficiais atualmente.
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Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10

Veja este exercício:

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} e B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z}, então o número de elementos A \cap B é:

Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.

Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?

No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?

A resposta é 3?

Obrigado.


Assunto: método de contagem
Autor: Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42

Boa noite, sinuca.

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}

Se B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...

Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são: 5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).

Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?

sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x

A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima


Bom estudo, :y:


Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35

Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.

Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:

Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?

Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?