joaofonseca escreveu:Ao ler repedidamente alguns tópicos, colocados supostamente por alunos do ensino superior (Engenharias ou Economia) e acreditando na informação dos perfis,fico estranhamente admirado pelas questão tão básicas, ao nível do ensino médio.
Considerando o seu histórico aqui no fórum, eu presumo que você esteja se referindo as questões de Cálculo Diferencial e Integral.
No ensino médio brasileiro,
não faz parte dos conteúdos oficiais os conceitos básicos de Cálculo Diferencial e Integral. Apenas poucas escolas do país ensinam esses conceitos. Eles
não são cobrados na maioria esmagadora das provas de vestibular. Lembrando que o vestibular no Brasil é uma espécie de concurso, no qual a aprovação determina o ingresso em uma instituição de ensino superior.
Dessa forma, as questões básicas de Cálculo Diferencial e Integral que são abordadas no ensino médio português, apenas começam a serem abordadas nos primeiros semestres dos cursos superiores no Brasil.
O curioso é que em duas épocas, em 1891 e 1961, os conteúdos básicos de Cálculo Diferencial e Integral faziam parte do currículo oficial de Matemática do ensino médio brasileiro. Mas após 1970, eles foram removidos.
joaofonseca escreveu:Falo assim porque em Portugal (onde as coisas não são perfeitas) os alunos têm que fazer um exame especifico da disciplina exigida pelo curso superior e pelo estabelecimento de ensino. De referir que a esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino superior em Portugal são estatais. A entrada na universidade é feita por concurso, pois o nº de vagas em cada curso não chega para todos os candidatos.
O mesmo acontece no Brasil. Como disse anteriormente, há um vestibular para selecionar quem entrará no ensino superior. Aqui também há muitas instituições públicas de ensino superior. Elas são as mais concorridas. Além disso, o número de vagas não é o suficiente.
joaofonseca escreveu:Por isso estar entre os primeiros exige ter a melhor nota possivel no exame de ingresso. O reverso de não estar entre os primeiros é não entrar na universidade ou entrar num curso que não se desejava. No concurso pode-se escolher até 6 opções. Para dar dois exemplos, um aluno colocou como primeira opção Engenharia Aeroespacial, não entrou, mas foi colocado em Engenharia Biomédica. Ou o aluno que não entrou em Medicina, mas foi para Farmácia.
Aqui também acontece tudo isso, exceto a parte das 6 opções.
A maioria das instituições de ensino superior do Brasil usam a nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte do seu processo de seleção. A responsabilidade pela organização do ENEM é do governo federal. Já a outra parte do processo seletivo, consiste de um outro conjunto de provas organizadas pela própria instituição (sendo que elas são livres para contratar uma empresa que elabore as provas com base nos requisitos que elas definem).
Existem também algumas instituições que usam apenas as notas do ENEM como processo de seleção.
Há ainda o SiSU (Sistema de Seleção Unificado), no qual você escolhe até 2 opções de curso. A sua nota do ENEM será utilizado pelo SiSU para determinar a sua aprovação. Assim como acontece em Portugal, nesse sistema um aluno pode escolher como primeira opção Medicina, mas só obter pontos para ser aprovado em Farmácia, por exemplo.