• Anúncio Global
    Respostas
    Exibições
    Última mensagem

Limite de Sn

Limite de Sn

Mensagempor Janoca » Ter Jun 17, 2014 03:40

Se {S}_{n}= 1 -t + t^2 -t^3 +...+{(-1)}^{n}.{t}^{n} onde |t|< 1 então \lim_{n\rightarrow\infty}{S}_{n}=:

a) 1;
b) \frac{1}{1+t};
c) +\infty;
d) 1 - t;
e) \frac{1}{2}.
Janoca
Usuário Dedicado
Usuário Dedicado
 
Mensagens: 30
Registrado em: Sex Jun 06, 2014 16:47
Formação Escolar: GRADUAÇÃO
Área/Curso: matemática
Andamento: cursando

Re: Limite de Sn

Mensagempor Man Utd » Ter Jun 17, 2014 11:29

Olá :D


Primeiramente perceba que :


\sum_{k=0}^{n} \; x^k=1+x+x^2+x^3+\cdots+x^n=\frac{(1+x+x^2+x^3+\cdots+x^n)(x-1)}{(x-1)}=\frac{x^{n+1}-1}{x-1}



Se fizermos x=-t :


S_{n}=1-t+t^2-t^3+t^4+ \cdots+(-1)^n t^n=\frac{(-t)^{n+1}-1}{-t-1}



Então:


\lim_{ n \to +\infty} \;  \frac{(-t)^{n+1}-1}{-t-1}=\frac{1}{t+1}



Pois como |t|<1 quando "n" tende a mais infinito (-t)^(n+1) tenderá a zero , Exemplo : \lim_{x \to \infty} \; \left( \frac{1}{2} \right)^x=0, bastar ver no gráfico da função exponencial quando a base é entre 0 e 1 a função tende a zero quando x tende a mais infinito.
Editado pela última vez por Man Utd em Ter Jun 17, 2014 18:33, em um total de 1 vez.
Man Utd
Colaborador Voluntário
Colaborador Voluntário
 
Mensagens: 155
Registrado em: Qua Abr 03, 2013 09:20
Formação Escolar: GRADUAÇÃO
Área/Curso: Engenharia da Computação
Andamento: cursando

Re: Limite de Sn

Mensagempor e8group » Ter Jun 17, 2014 17:24

Trata-se da soma dos termos de uma progressão geométrica de razão -t . Quando n \to +\infty , o estudo em interesse é sobre série geométrica . Dada qualquer P.G. , sempre é possível escrever a soma dos n+1 primeiros termos em função do termo de índice n+1 e a dedução da mesma não é tão complicada assim . Para inicio de conversar , fixa a , r qualquer com r \neq 0 . Agora , defina a sequência geométrica (a_k)_{k\in \mathbb{N}} (aq incluindo o zero) com

a_0 = a e a_m =  a_{m-1}    \cdot r  , m = 1,2,3  \hdots(Aq ganhamos recursividade) ou se você preferir , (o que é ideal p/ soma dos termos ) a_m =  a_0 \cdot r^m  =  a \cdot r^m . A soma dos n primeiros termos se dá por S_n := \sum_{k=0}^n a_k =  \sum_{k=0}^n (a\cdot r^k)  =  a  + ar + ar^2 + ar^3 + \hdots + a r^n .

Dá segunda parcela até a ultima nota-se que todas elas contém r em comum ; deixando este numero em evidência , segue

S_n =  a +  r( a +ar^2 + ar^3 + \hdots + a r^{n-1}) .



A expressão entre parêntesis é exatamente a soma dos n primeiros termos da P.G. , ou seja ,

S_n = a + r  \cdot S_{n-1} . Mas , S_n =  a  + ar + ar^2 + ar^3 + \hdots + ar^{n-1} +  a r^n  =   \underbrace{a  + ar + ar^2 + ar^3 + \hdots + ar^{n-1}} _{S_{n-1}}   +  a r^n o que implica que

S_{n-1} = S_n - a r^n . Logo ,

S_n =  a +  r( \underbrace{ a +ar^2 + ar^3 + \hdots + a r^{n-1}}_{S_{n-1}} ) = a + r (S_n - ar^n)   =  a + r S_n - a r^{n+1} .

Isolando o número real S_n temos

S_n (1 - r) =    a - \underbrace{ a r^{n+1} }_{a_{n+1}}

Se r \neq 1 temos que 1-r \neq 0 , podemos então dividir ambos membros por

1-r e obter a fórmula

S_n = \frac{a + a_{n+1} }{1-r}  =  \frac{a + a r^{n+1} }{1-r} = a \frac{1 +r^{n+1}}{1-r} .

Definimos a soma de todos os termos da sequência

a_0 + a_1 + a_2 +  \hdots    = \sum_{k=0}^{+\infty} a_k pelo limite

\lim_{n\to +\infty}  \sum_{k=0}^{n} a_k =  \lim_{n\to +\infty}  S_n .

Agora , se |r| > 1 então |r|^n > |r|^{n-1} . Por mais que seja grande |r|^{n-1} (para n suficiente grande ) |r|^n  > |r|^{n-1} ; logo \lim_{n \to +\infty}  |r|^n = + \infty .

Caso contrário , \lim_{n\to + \infty} |r|^n   =  0) (pq ??) .

Assim , podemos dizer que \lim_{n\to + \infty} S_n  =  \frac{a_0}{1-r} sempre que |r| < 1 .

Conclusão :

Comparando a_0 + a_1 + \hdots + a_n  =  a + ar + \hdots + ar^n com

1 -t + t^2 + \hdots +  (-1)^n t^n temos

a_0 = a  =  1 e r = -t .Como |t| < 1 por definição então o limite de S_n é ...

Vale salientar a importância de sempre associar soma sob a forma \sum  [f(x)]^k a soma dos termos de uma P.G . correspondente .
e8group
Colaborador Voluntário
Colaborador Voluntário
 
Mensagens: 1400
Registrado em: Sex Jun 01, 2012 12:10
Formação Escolar: GRADUAÇÃO
Área/Curso: Engenharia Elétrica
Andamento: cursando

Re: Limite de Sn

Mensagempor Janoca » Qua Jun 18, 2014 16:47

Com base no que vcs dois me ajudaram, resolvi assim para ver se facilita minha vida, verifiquem se está correto.

Primeiramente, separei em dois somatórios, pares e ímpares respectivamente {S}_{1} e {S}_{2}. Sendo assim {S}_{n} fica igual a:

{S}_{n}= (1+t^2+t^4+...)- (t+t^3+t^5+...) para |t|< 1, com {S}_{1} = (1+t^2+t^4+...) e {S}_{2} = (t+t^3+t^5+...).

Sabe-se que os somatórios {S}_{1} e {S}_{2} são iguais ao somatório da P.G. Logo,

{S}_{1}=\frac{{a}_{1}.(q^n - 1)}{q - 1} e {S}_{2}=\frac{{a}_{1}.(q^n - 1)}{q - 1}; substituindo os primeiros termos dos dois somatórios e a razão, temos:

{S}_{1}=\frac{1.((t^2)^n - 1)}{t^2 - 1} e {S}_{2}=\frac{t.((t^2)^n - 1)}{t^2 - 1}, para {S}_{1} com primeiro termo

igual a 1 e razão t^2 e para {S}_{2} com primeiro termo igual a t e com razão igual a t^2 .

Temos {S}_{n}={S}_{1}-{S}_{2}, isso implica que:

{S}_{n}=\left[\frac{1.((t^2)^n-1)}{t^2-1}-\frac{t.((t^2)^n-1)}{t^2-1} \right] \Rightarrow

{S}_{n}=\left[\frac{((t^2)^n-1).(1-t)}{(t-1).(t+1)} \right] =

{S}_{n}=\left[\frac{((t^2)^n-1).(1-t)}{-(1-t).(t+1)} \right] =

{S}_{n}=\left[\frac{((t^2)^n-1)}{-(t+1)} \right], como |t|<1 \Rightarrow t^2<1, como \lim_{n\rightarrow\infty}(t^2)^n=0, conclui-se que:

\lim_{n\rightarrow\infty} \frac{(t^2)^n -1}{-(t+1)} =       \lim_{n\rightarrow\infty} \frac{(t^2)^n}{-(t+1)} - \lim_{n\rightarrow\infty} \frac{1}{-(t+1)} = 0 -\frac{1}{-(t+1)} = \frac{1}{t+1}. Está correto?
Janoca
Usuário Dedicado
Usuário Dedicado
 
Mensagens: 30
Registrado em: Sex Jun 06, 2014 16:47
Formação Escolar: GRADUAÇÃO
Área/Curso: matemática
Andamento: cursando

Re: Limite de Sn

Mensagempor e8group » Qui Jun 19, 2014 13:34

Sim , está correto .

Só tome cuidado com a notação .

Da forma que você definiu S_n n=1,2,3... ; não pode ter S_1 = 1 + t^2 + t^4 + ... e S_2 = t + t^3 + ... . Note que a cada n natural associamos um S_n \in \mathbb{R} e S_n é único quando S_n é a soma n primeiros termos de uma P.G ou (n+1 primeiros termos caso o °1° termo é de índice 0 ) . Mas em geral não pode se afirma que é único .
e8group
Colaborador Voluntário
Colaborador Voluntário
 
Mensagens: 1400
Registrado em: Sex Jun 01, 2012 12:10
Formação Escolar: GRADUAÇÃO
Área/Curso: Engenharia Elétrica
Andamento: cursando

Re: Limite de Sn

Mensagempor Janoca » Qui Jun 19, 2014 16:29

Obrigada pela dica, santiago, vc entende de analise combinatória? queria confirmar minha resposta. tenho estudado um pouco de tudo. se vc entender, gostaria q me ajudasse, postei uma questão
Janoca
Usuário Dedicado
Usuário Dedicado
 
Mensagens: 30
Registrado em: Sex Jun 06, 2014 16:47
Formação Escolar: GRADUAÇÃO
Área/Curso: matemática
Andamento: cursando


Voltar para Cálculo: Limites, Derivadas e Integrais

 



  • Tópicos relacionados
    Respostas
    Exibições
    Última mensagem

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 98 visitantes

 



Assunto: Taxa de variação
Autor: felipe_ad - Ter Jun 29, 2010 19:44

Como resolvo uma questao desse tipo:

Uma usina de britagem produz pó de pedra, que ao ser depositado no solo, forma uma pilha cônica onde a altura é aproximadamente igual a 4/3 do raio da base.
(a) Determinar a razão de variação do volume em relação ao raio da base.
(b) Se o raio da base varia a uma taxa de 20 cm/s, qual a razão de variação do volume quando o raio mede 2 m?

A letra (a) consegui resolver e cheguei no resultado correto de \frac{4\pi{r}^{2}}{3}
Porem, nao consegui chegar a um resultado correto na letra (b). A resposta certa é 1,066\pi

Alguem me ajuda? Agradeço desde já.


Assunto: Taxa de variação
Autor: Elcioschin - Qua Jun 30, 2010 20:47

V = (1/3)*pi*r²*h ----> h = 4r/3

V = (1/3)*pi*r²*(4r/3) ----> V = (4*pi/9)*r³

Derivando:

dV/dr = (4*pi/9)*(3r²) -----> dV/dr = 4pi*r²/3

Para dr = 20 cm/s = 0,2 m/s e R = 2 m ----> dV/0,2 = (4*pi*2²)/3 ----> dV = (3,2/3)*pi ----> dV ~= 1,066*pi m³/s


Assunto: Taxa de variação
Autor: Guill - Ter Fev 21, 2012 21:17

Temos que o volume é dado por:

V = \frac{4\pi}{3}r^2


Temos, portanto, o volume em função do raio. Podemos diferenciar implicitamente ambos os lados da equação em função do tempo, para encontrar as derivadas em função do tempo:

\frac{dV}{dt} = \frac{8\pi.r}{3}.\frac{dr}{dt}


Sabendo que a taxa de variação do raio é 0,2 m/s e que queremos ataxa de variação do volume quando o raio for 2 m:

\frac{dV}{dt} = \frac{8\pi.2}{3}.\frac{2}{10}

\frac{dV}{dt} = \frac{16\pi}{15}