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Que tal esse método?

Que tal esse método?

Mensagempor Jhenrique » Sáb Dez 22, 2012 16:56

Saudações caros!

Depois de descobrir que poderia relacionar PA e PG com funções polinomais e exponenciais, respectivamente, achei mais proveitoso trabalhar com tais funções a aquelas fórmulas e equações de progressões que, para mim, são abomináveis! Pretendo, então, fazer algumas demonstrações...

Em primeiro lugar, é necessário saber que uma PA de 1ª ordem se corresponde com a função afim: "y=ax+b", a de 2ª ordem com a função quadrática: "y=ax²+bx+c" e assim sucessivamente... Ademais, sabemos que essas funções são relacionadas através do cálculo diferencial e integral. Derivando uma função quadrática obtem-se uma função linear... se essas funções representam progressões então podemos facilmente saltar entre as ordens das mesmas!

Jás as PG de 1ª, 2ª e 3ª ordem... se correspondem respectivamente com as seguintes funções: y=a^x\cdot b ; y=a^{x^2}\cdot b^x\cdot c ; y=a^{x^3}\cdot b^{x^2}\cdot c^x\cdot d . Descobre-se a tx de variações dessas funções através da derivada geométrica: f^*(x)=\sqrt[dx]{dy} .

OK! ... Mas o que o cálculo tem a ver com progressões? Tudo! Em progressões, fala-se muito em diferença e em razão entre termos consecutivos, isto é a derivada da função (progressão) avaliada na média (em x) entre os termos escolhidos. Vejam os exemplos abaixos:
relations.PNG


Bem, eu considero isso extramamente relevante, muito embora nunca vi nem ouvi essa explicação.

E o segundo ponto que tenho a dizer é que eu determinei uma fórmula que calcula o somatório entre termos consecutivos duma função polinomial e o produtório entre termos consecutivos duma função exponencial.

Dada uma função do tipo f(n)=n^3a+n^2b+nc+d , a soma dos termos consecutivos é feita da seguinta maneira:

n^3a=>n^4\frac{a}{4}+n^3\frac{a}{2}+n^2\frac{a}{4}

n^2b=>n^3\frac{b}{3}+n^2\frac{b}{2}+n\frac{b}{6}

nc=>n^2\frac{c}{2}+n\frac{c}{2}

d=>nd+d


Mas como a função é f(n)=n^3a+n^2b+nc+d , então implica que o somatório dos termos consecutivos é:

f(n)=n^4\frac{a}{4}+n^3(\frac{a}{2}+\frac{b}{3})+n^2(\frac{a}{4}+\frac{b}{2}+\frac{c}{2})+n(\frac{b}{6}+\frac{c}{2}+d)+d


E para a função do tipo f(n)=a^{n^3}\cdot b^{n^2}\cdot c^n\cdot d , o produtório entre os termos consecutivos é feito da seguinda maneira:

a^{n^3}=>\sqrt[4]{a}^{n^4}\cdot\sqrt[2]{a}^{n^3}\cdot\sqrt[4]{a}^{n^2}

b^{n^2}=>\sqrt[3]{b}^{n^3}\cdot\sqrt[2]{b}^{n^2}\cdot\sqrt[6]{b}^n

c^n=>\sqrt[2]{c}^{n^2}\cdot\sqrt[2]{c}^n

d=>d^n\cdot d


Mas como a função é f(n)=a^{n^3}\cdot b^{n^2}\cdot c^n\cdot d , então implica que o produtório dos termos consecutivos é totalmente análogo ao método do polinômio.

Fonte: Eu.

O que acham?

Até mais,
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Re: Que tal esse método?

Mensagempor Russman » Seg Dez 24, 2012 17:49

A relação de subtração dos termos consecutivos da função de 2° Grau de uma variável discreta é perfeitamente provável.

Seja n uma variável discreta e f(n) = an^2+bn + c uma função desta variável.

O que você está fazendo é subtrair f(n+1)de f(n), isto é, você está calculando a diferença de termos consecutivos e afirma que

f(n+1) - f(n) = \frac{\mathrm{d} }{\mathrm{d} n} f \left ( n+ \frac{1}{2} \right )


f(n) = an^2 + bn + c

f(n+1) = a(n+1)^2 + b(n+1) + c = an^2 + 2an + a + bn + b + c

\frac{\mathrm{d} }{\mathrm{d} n} f(n) = 2an + b

\frac{\mathrm{d} }{\mathrm{d} n}f \left ( n+ \frac{1}{2} \right ) = 2an+a + b


f(n+1) - f(n) = an^2 + 2an + a + bn + b + c - (an^2 + bn + c) = 2an + b + a

Como 2an + a+b = 2an + b+a , então podemos afirmar que existe a identidade dada por

f(n+1) - f(n) = \frac{\mathrm{d} }{\mathrm{d} n} f \left ( n+ \frac{1}{2} \right ),

se f(n) = an^2+bn+c.

Tente provar o mesmo pra função exponencial...mas lembre-se que

http://www.wolframalpha.com/input/?i=%2 ... %5En%29%29

pois a sua derivada exponencial está errada.
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Re: Que tal esse método?

Mensagempor Jhenrique » Qua Dez 26, 2012 17:37

Fico contente por vc ter levado em consideração as minhas fórmulas e ter comprovado elas!

Mas a minha ideia quando elaborei esse esquema é para justamente fugir desta sua linha raciocínio, pois eu a acho pouco intuitiva. Não é que eu realmente não a acho intuitiva, é que da forma como eu demonstrei, penso que a ideia fica mais explícita e simples!

E as fórmulas para calcular os termos consecutivos, uma mão na roda, não é mesmo? Pois com a fórmula de Gaus só é possível cálcular a soma dos termos duma função linear cuja tx de variação é de 1 para 1, ao passo que com as minhas vc pode calcular a soma dos termos duma função afim, quadrática e cúbica!

Quanto a derivada, ela não está errada, veja isto:
http://en.wikipedia.org/wiki/Multiplicative_calculus

Legal né?
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Re: Que tal esse método?

Mensagempor Jhenrique » Seg Dez 31, 2012 23:11

Russman, essa afirmação que eu fiz e que vc comprovou também é válida para as funções de grandezas x e y sendo inversamente proporcionais?

Eu estive tentando descobrir uma fórmula que me indicasse o somatório dos termos consecutivos da função (sequência) f(n)=\frac{1}{n} e comecei a ter sérias dificuldades. Então comecei a averiguar o problema e notei através do Geogebra que "a diferença entre termos consecutivos duma função é igual a sua derivada avaliada na média (em x) destes termos" não parece ser verdadeira para as funções de grandezas inversas, por exemplo:
soma.PNG

Notou os valores destacados em azul no gráfico e na tabela? Observou como eles não coincidem? Eu fiz os cálculos pela M.A., pela M.G. dá uma aproximaçãozinha um pouco melhor, mas ainda assim não é exato.

Essa incoerência talvez seja a explicação do porque eu não consigo expressar o somatório dos termos da função f(n)=1/n como uma outra função.

Aguardo ansiosamente por mais comentários!
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Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 09:10

Veja este exercício:

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} e B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z}, então o número de elementos A \cap B é:

Eu tentei resolver este exercício e achei a resposta "três", mas surgiram muitas dúvidas aqui durante a resolução.

Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?

No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero?
existe inverso de zero?
zero é par, certo?
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x?
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z?
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z?

A resposta é 3?

Obrigado.


Assunto: método de contagem
Autor: Molina - Seg Mai 25, 2009 20:42

Boa noite, sinuca.

Se A = {x \in Z \hspace{1mm} | \hspace{1mm} \frac{20}{x} = n, n \in N} você concorda que n só pode ser de 1 a 20? Já que pertence aos naturais?
Ou seja, quais são os divisores de 20? Eles são seis: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Logo, o conjunto A é A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}

Se B = {x \in R \hspace{1mm} | \hspace{1mm} x = 5m, m \in z} você concorda que x será os múltiplos de 5 (positivos e negativos)? Já que m pertence ao conjunto Z?
Logo, o conjunto B é B = {... , -25, -20, -15, -10, -5, 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...

Feito isso precisamos ver os números que está em ambos os conjuntos, que são: 5, 10 e 20 (3 valores, como você achou).

Vou responder rapidamente suas dúvidas porque meu tempo está estourando. Qualquer dúvida, coloque aqui, ok?

sinuca147 escreveu:No processo de determinação dos elementos do conjunto B o que achei foi basicamente os múltiplos de cinco e seus opostos, daí me surgiram estas dúvidas:

existe oposto de zero? sim, é o próprio zero
existe inverso de zero? não, pois não há nenhum número que multiplicado por zero resulte em 1
zero é par, certo? sim, pois pode ser escrito da forma de 2n, onde n pertence aos inteiros
sendo x um número natural, -x é múltiplo de x? Sim, pois basta pegar x e multiplicar por -1 que encontramos -x
sendo z um número inteiro negativo, z é múltiplo de z? Sim, tais perguntando se todo número é multiplo de si mesmo
sendo z um número inteiro negativo, -z é múltiplo de z? Sim, pois basta pegar -z e multiplicar por -1 que encontramos x

A resposta é 3? Sim, pelo menos foi o que vimos a cima


Bom estudo, :y:


Assunto: método de contagem
Autor: sinuca147 - Seg Mai 25, 2009 23:35

Obrigado, mas olha só este link
http://www.colegioweb.com.br/matematica ... ro-natural
neste link encontra-se a a frase:
Múltiplo de um número natural é qualquer número que possa ser obtido multiplicando o número natural por 0, 1, 2, 3, 4, 5, etc.

Para determinarmos os múltiplos de 15, por exemplo, devemos multiplicá-lo pela sucessão dos números naturais:

Ou seja, de acordo com este link -5 não poderia ser múltiplo de 5, assim como 5 não poderia ser múltiplo de -5, eu sempre achei que não interessava o sinal na questão dos múltiplos, assim como você me confirmou, mas e essa informação contrária deste site, tem alguma credibilidade?

Há e claro, a coisa mais bacana você esqueceu, quero saber se existe algum método de contagem diferente do manual neste caso:
Para determinar os elementos do conjunto A, eu tive de basicamente fazer um lista de vinte dividido por todos os números naturais maiores que zero e menores que vinte e um, finalmente identificando como elementos do conjunto A os números 1, 2, 4, 5, 10 e 20. Acho que procedi de maneira correta, mas fiquei pensando aqui se não existiria um método mais "sofisticado" e prático para que eu pudesse identificar ou ao menos contar o número de elementos do conjunto A, existe?